sábado, 15 de agosto de 2009

Emoções comportamento


O que pode destruir a segurança de uma mulher e como dar a volta por cima
Frustrações pessoais ou profissionais podem abalar a estabilidade de qualquer um. Descubra como pessoas que passaram pela turbulência viraram o jogo.

Marleine Cohen
Atire a primeira pedra quem nunca se sentiu fraca diante das dificuldades.
Viver é isso: um contínuo jogo no qual prevalece ora a frustração, ora a satisfação.
“Somos expostos à frustração a partir do dia em que nascemos. Ela faz parte do nosso desenvolvimento e nos acompanha no decorrer da vida adulta”, explica o psicólogo Rubens Bragarnich, de São Paulo.
Se os obstáculos são inevitáveis, o que interessa é desenvolver a capacidade de reagir.
Segundo Bragarnich, “todo indivíduo tem em potencial – e em diferentes níveis – a capacidade psicológica de aceitar que o seu desejo não será satisfeito e de dar uma resolução interna ao conflito”.
Passados os sentimentos iniciais de raiva e impotência, o esperado é que se dê a volta por cima. Isso pode demorar mais ou menos, conforme as variáveis de temperamento e o repertório pessoal.
“O indivíduo extremamente protegido da experiência das frustrações durante a infância tem mais dificuldade em superar problemas e permanece imaturo.
Quem viveu o oposto consegue enfrentar melhor as adversidades”, resume o especialista.

Fazer frente a decepções amorosas, hoje, já não assusta tanto a atriz Lara Weber, 21 anos.
Ela aprendeu que é possível sobreviver quando tinha 19 anos e foi abandonada por Luiz, um homem nove anos mais velho, com quem viveu uma intensa paixão. Um dia, ele foi apanhá-la na porta da faculdade e sem rodeios lhe disse:
“Olhe, não vou te enrolar, não dá mais para ficarmos juntos”.
O mundo dela ruiu: “Entrei em choque. Ele não me deu nenhuma explicação e eu não conseguia aceitar aquilo. Só chorava.
Perdi a capacidade de pensar, sentia uma imensa dor. Mandei e-mails quilométricos, liguei, nós ainda nos revimos para conversar, mas de nada adiantou”, diz.
Algum tempo depois, Lara encontrou seu príncipe encantado por acaso na rua, acompanhado – só aí descobriu que havia sido trocada por outra. “E ela era feia”, brinca.
Hoje, consegue falar do assunto de forma leve, mas na época passou um ano aos prantos. “Minhas notas na faculdade caíram e eu quase perdi a bolsa de estudos.
Não queria comer, fiquei doente, nada me interessava.” Para superar a perda, a mãe e os amigos foram fundamentais.
“O apoio e o amor que recebi me salvaram da depressão.
Chorar e escrever também me ajudou a virar a página. Não posso dizer que não sinto medo de sofrer de novo, mas recuperei a força – eu acredito no amor e na vida, não vou deixar de viver nada em função do medo.”

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